quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Clashmusic canadense.


O nome dessa banda de Toronto, Canadá, presta homenagem a um poeta árabe da tribo dos Bedouins e também faz juz ao “choque” de estilos entre o Reggae/Ska/ Punk/ Funk /Soul/Dub, proposto pela banda.
A voz despretenciosa do talentoso Jay Malinowski acompanhado pelo baixista Eon Sinclair e pelo baterista Pat Pengelly parece nos levar para algum pub canadesnse, onde, num escuro e pequeno palco de teto baixo os três “Bedouin´s” transpiram música de garagem, em meio ao blá-blá-blá de garotas e garotos atrás de diversao e cerveja. Em seu primeiro disco, Root Fire (Stomp/Warner- 2001), músicas como “Jhonny Go to New York” , “Back To The Matter”, “Eloween Deowen”, “Natural Right”, “Mandrake Root” e “Santa Monica”, realmente trazem essa atmosfera.
Após um belo álbum de estréia nao demorou muito para chegarem a um merecido reconhecimento. Lançado em 2005 Sounding a Mosaic (Stomp/Warner) amadurecia o estilo da banda e de suas composiçoes.
Neste segundo disco explodem comercialmente e sua poesia soundclash estilhaça as vidraças de Toronto. “ When The Nigth Feels My Song” foi a faixa do disco que alavancou a carreira da banda. Foi a mais tocada nas rádios canadenses em 2006, fez parte de um comercial de uma megastore do seu país e ainda levou o grupo a conquistar o Canadian Radio Music Awards 2006. O albúm contém 15 faixas e músicas como “Shelter”, “Jeb Rand”, “Money Worries” e “ Immigrant Workforce”, nao deixam dúvidas da popularidade da banda em seu país, e agora, por outras tribos.
Em seu último disco Street Of Gospel (2007-Dine Alone/Universal) o grupo traz as participaçoes de Money Mark (The Beastie Boys) nos teclados e de Vernon Buckley, lendário vocalista do The Maytones. A produçao fica por conta de nimguém menos que, Darryl Jenifer, baixista do Bad Brains, colocando mais peso nas composiçoes da banda e dando continuidade ao sucesso obtido nos trabalhos anteriores.
A Primeira faixa “Until We Burn In The Sun (The Kids Just Want A Love Song)”, já mostra um diferencial, com os arranjos de Money Marky e as pitadas de Dub de Darryl Jenifer. A seguinte “Walls Fall Dow”, traz a inocência dos primeiros hits da banda numa pequena cançao de pouco mais de dois minutos. E assim, segue-se outro grande disco, com a jamaicana “Trinco Dog”, a gospel “Hush” só a capela, a contagiante "12:59 Lullaby" e tantas outras.
Realmente, bom discos de uma banda que merece ser (re)conhecida e apreciada.
Abaixo, o vídeo-clip de "Shelter".

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

"Santa catástrofe, Batman".


Quem não se lembra do famoso tema do seriado Batman?
Onde o imbatível homem-morcego, que mais parecia um funcionário público fantasiado para o próximo Baile a Fantasia do Grêmio Recreativo de sua cidade e seu fiel parceiro Robin, também não menos parecido ao seu office-boy, na mesma balada, uniam suas forças contra o crime organizado na caótica Gotham City.

Embalados pela impecável trilha sonora do compositor e trompetista Neal Hefti, o tema do super-herói chegou a ganhar o premio Grammy em 1966 na categoria “Melhor tema instrumental”.

Virou hit nas rádios e o então músico de Big Bands, pode gozar um merecido e rentável sucesso após o seu mais árduo trabalho, que levou nada menos que um mês para ter sua composição finalizada.

Neal Hefti também compôs várias trilhas para filmes daquela época como, “Um estranho casal”, “Descalços no parque” e “Harlow - A Vênus prateada”.

Após uma longa carreira Neal Heif faleceu neste último sábado (11) aos 85 anos. A causa da Morte não foi confirmada pela imprensa.

Fica a lembrança de um grande artista e sua obra mais significativa, “Heifti in Gotham City”.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Leve para viagem.


Culver City Dub Collective é uma dessas bandas onde vários talentos se somam para explorar suas verves musicais, em busca de uma sonoridade espontânea e criativa.

No caso desse “coletivo”, a viagem se inicia na ensolarada Jamaica. Das ruas de kingston, seus viajantes exploram as raízes do reggae jamaicano, misturam com ritmos afro-cubanos e bossa beats. Fazem desta viagem sonora uma brisa intoxicante, um sound track para tardes ensolaradas rumo à praia ou para outras trips.

Em seu recente disco DOS (Everloving Records, 2007) além de seus músicos fundadores, os americanos, Adam Topoll (baterista, percussionista e compositor que acompanha Jack Johnson) e Franchot Tone (engenheiro de som e guitarrista) o CCDC reuniu um elenco all-star. Luminosas aparições de Ben Harper, Jack Johnson, Money Mark, entre outros, somam-se ao grupo realizando um disco impecável, refletindo a natureza eclética de seus viajantes.

A faixa “The Count” parece nos deixar “a ver navios” numa estrada empoeirada à procura do próximo posto de gasolina. Já a noctívaga “Houdini” nos leva para um passeio em busca de bares esfumaçados e conversas de botequim. Sem falar na jazzística “Waltz For Tomahawk”, introspecção total!

Confira também a galeria de vídeos no site oficial da banda, com algumas apresentações ao vivo e alguns clips, como a divertida animação de “Bad Reaction”.

Abaixo, o vídeo de "No More".

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Para saborear


My blueberry Nigths (“O sabor do Amor”, 2007) novo filme do diretor hongkones, Won-Kar Wai.

O filme traz a estréia da cantora Norah Jones como atriz e o genial Ray Cooder assinando a trilha sonora. Realmente, um prato irrecusável!

Como admirador dos trabalhos de Ray Cooder (Paris Texas, Buena Vista Social Clube, só para citar alguns) e de Norah Jones, fiquei muito curioso para ver este filme e a interpretação da cantora.

Cancões de Cat Power, Otis Redding, Ruth Brown, Amos Lee, além do próprio Ray Cooder e de Norah Jones, com uma música feita especialmente para o filme, me davam a sensação de que já valeria à pena.

Vi e gostei! Na trama, uma garota (Norah Jones) desprezada pelo seu namorado resolve fazer o “caminho” mais longo para cruzar a rua que a leva ao apartamento dele. E o dono de uma cafeteria de Nova York que guarda chaves de alguns de seus fregueses, que as deixaram ali, alegando que não queriam que algumas "portas" em suas vidas fossem abertas novamente.

O destaque, da trilha, fica por conta da versão de Cassandra Wilson para “Harvest Moon”, de Neil Yong.

Essa, que é uma das grandes cancões de Mr. Young, aparece aqui numa versão mais intimista e de uma interpretação que revela o talento dessa cantora e intérprete norte-americana, que já foi apontada como uma das grandes revelações do Jazz, dos anos 90.

Abaixo as duas pérolas de “Harvest Moon”, primeiro com Neil Young e depois na versão de Cassandra Wilson.

Deliciem-se!






quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Macacada esperta!


Rock Instrumental no Brasil sempre foi sinônimo de: “Hum...será que é bom?”. Infelizmente.

Isso se deve mais ao fato, da pouca informação de muitos e da grande falta de divulgação de outros, do que da qualidade do mesmo.

O pouco espaço dado a este gênero pelos meios de comunicação mais acessíveis e também, a falta de interesse daqueles que pensam que instrumental só houve quem é músico, quem estuda, entende disso, daquilo e blablabá, blablabá...criaram uma estrada bem lamacenta, para muitos grupos e instrumentistas alcançarem uma certa visibilidade na mídia.

Já há algum tempo, essa história vem se transformando. Festivais, Selos Especializados, alguns programas de TV, e sobretudo a Internet, vem apaziguando um pouco essa dicotomia.

Nessa estrada encontramos uns caras que vieram para injetar mais algumas boas músicas, sem voz, em nossos ouvidos cansados de tantas “historinhas”.

Macaco Bong, é o nome dessa rapaziada, lá de Cuiabá (MT), que mostram um rock instrumental de primeiríssima qualidade.

Fusões de estilos, do Rock, Jazz, Pop, 70’S “ baseado na desconstrução dos arranjos da música popular em seus formatos convencionais “, como os próprios Bongs afirmam - fazem dessa banda uma das mais brilhantes deste gênero no Brasil.

As guitarras limpas e cruas de Bruno Kayapy, sonando em timbres acelerados e horas subjetivos, sustentados pela concisa batera de Ynaiã Benthroldo e pelo baixo de Ney Hugo, formam uma interessante e poderosa linguagem.

A banda começou em 2004, como um quarteto e logo, passaram para um Power Trio. Lançaram seu primeiro EP em 2005 com três faixas disponibilizadas no site do Trama Virtual. Em Março deste ano, gravaram seu segundo EP contendo cinco faixas.

Abaixo, uma amostra da macada.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Morreu, O Cara.


Morreu nesta quinta-feira, ás 05:30, aos 75 anos, vítima de câncer, o cantor e compositor baiano, Waldick Soriano.

Eternizado pela pérola Eu Não Sou Cachorro Não, e outras cancões que ficaram no inconsciente coletivo e no coração de milhares de brasileiros, Waldick deixará saudades nas rádios e quermesses deste brasilzão afora.

Ídolo de dez, entre dez, faxineiras do banco Comind, esse moço castigava os corações apaixonados. Suas canções, seu visual e sua interpretação, ao melhor estilo, sou brega, sou macho e o amor me faz chorar; não deixava dúvidas da sua magnitude por todo o país.

Nosso Durango Kid do xaveco, foi eternizado e homenageado recentemente pela atriz Patrícia Pillar, que dirigiu e escreveu o roteiro (em parceria com Fausto Nilo e Quito Ribeiro) do documentário Waldick - Sempre no Meu Coração.

No ano passado, também ganhou homenagem no CD coletivo Eu não Sou Cachorro Mesmo. Bandas e cantores como Fino Coletivo, Móveis Coloniais de Acaju, Clube do Balanço, Fernanda Takai, Lula Queiroga e Silvério Pessoa, reconheceram o talento cult de Waldick , recriando alguns de seus sucessos dos anos 70.

Descanse em paz, mestre do pop-romantico-boleia do 1213. Nós, aqui, o lembraremos sempre que um amor mal correspondido nos colocar na mesa de um bar, lá pras bandas de Estiva Gerbi. E neste momento, pediremos ao garçon que traga mais uma branquinha, e que pelo amor de Deus, coloque uma do Wladick Soriano no tape.


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

The Rasta Blues Experience


Conheci a música de Corey Harris pela primeira vez, quando visitava uma loja de discos na Itália em 2006. Estava eu,“garimpando”, quando o vendedor e proprietário da loja, me apresentou ao Sr. Harris.

Chapei! Logo de cara, ouvi o disco, Daily Bread, e fiquei extasiado. Então, fiz o seguinte comentário: “Era tudo o que não imaginava e exatamente aquilo que estava procurando!”.

Este músico nascido em Denver Colorado, em 1969, compõem suas músicas com uma personalidade incomparável, que não podemos, e não devemos rotulá-lo.

Talvez, o que nos explique um pouco isso, seria a maneira com que Corey conduziu sua vida, e consequentemente, sua trajetória musical, até os dias de hoje.

Aos 12 anos de idade ganhou sua primeira guitarra, e em 1991, viaja para Camarões dando início a um longo processo de pesquisa musical.

Daí, em diante, sua musicalidade decola, assim como seus pés do chão. Conheceu inúmeros lugares, aprendeu outras línguas, como o Francês, e aprimorou seu estilo de tocar. Visitou a Guiné, Mali, África Ocidental, assim como a América do Sul, Europa, Japão, Nova Zelândia e Austrália.

A paixão pelo Blues e seu talento, o levou a tocar junto com grandes nomes do gênero, como, B.B: King, Koko Taylor, e Billy Bragg. E também, a encontrar-se com Ali Farka Toure, um ícone do Blues de Mali. Numa de suas visitas para Mali, registrou seu aclamado álbum Missisipi Mali, fazendo a conexão do Blues americano com as raízes africanas.

Entre 1995 e 2005, Corey libera uma sequência de álbuns aclamados pela crítica, que já o estabelecia como o mais versátil artista do seu tempo. Mais recentemente, lançou,Corey Zion Crossroads (Telarc, 2007), deixando prevalecer outra grande influência, o Reggae. Um álbum fantástico!

Sem dúvida, um dos mais vibrantes discos de reggae que ouvi nos últimos tempos! Nada difícil, vindo de um músico que já fez parte do projeto, The Easy Stars All-Stars, que lançou o inimaginável disco, Dub Side Of The Moon. Precisa mais?!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Buena Onda



Umbú (Ombú) árvore que debaixo de sua generosa sombra acolhe caminhantes dos pampas do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai.

Árvore que também acolheu uma menina de voz doce e olhos negros que, inúmeras vezes, ouviu alí, histórias que jamais havia escutado e relatou contos que nem siquera os lembrava.
Entre a gente e as coisas, naquele espaço de tempo, a descoberta de que nossas fronteiras também podiam ser transformadas.

Assim, como cada folhagem deste imenso abrigo natural, que guarda lembranças de todos que por ali passaram, essa menina as transportou para seu próprio universo, através daquilo que mais ama fazer, cantar.

Sombra de Ombú é o título do disco de estréia de Belén Ilé cantora e compositora que nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 28 de fevereiro de 1980.

Sua músicas e as canções que interpreta, tem uma forte influência latino-americana, passando pelo folclore argentino, afro-peruano e brasileiro. Fruto, também, da convivência com diversas culturas na cidade de Barcelona, onde reside desde de 2002.

Dona de uma voz suave e preciosa, tive oportunidade de conhece-la pessoalmente, quando eu ainda morava em Barcelona. De uma simpatia à altura de seu talento, Belén é uma artista nata, que nos encanta com a poesia de sua canções.


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fazendo Fita.

Tá com saudades de gravar uma fita cassete? Vai là:
MixwitMixwit make a mixtapeMixwit mixtapes

Salve!

Olá pessoal!

Estou começando a me inserir (tarde, admito) no mundo dos blogs.
Volume Bom tem como finalidade falar de música. Dicas de bandas, compositores, intérpretes, enfim falar de boa música no geral.

Espero que apreciem o volume.

Sejam bem-vindos!

Abs!