segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma bala na cabeça



A passagem do Rage Against The Machine pelo Brasil teve tudo o que uma banda de tamanha magnitude poderia trazer consigo.

Mais de 54 mil fãs em comunhão com a sonoridade pesada e toda a fúria contida nas mensagens de suas canções. Divisões sociais derrubadas (leia-se área Premium) e nem mesmo o sistema de som aguentou tanta pressão e pediu arrego em um determinado momento do show.

O RATM demonstrou numa noite fria no interior de São Paulo, que acomodação e palavras amenas não fazem parte do seu set list. Simpatia por um movimento socialista brasileiro - muitas vezes distorcido por interesses políticos e pela própria urgência daqueles que o compõem – também foi lembrado. Transmissão ao vivo cortada na metade do show, alguns dizem que teria sido causada por esta mesma simpatia.

Enfim, na real, o show do RATM foi uma bala na cabeça. Por quase duas horas uma parte privilegiada de brasileiros foi sucumbida por quatro rapazes vindo de Los Angeles, Califórnia, com uma só intenção: para ir contra o Sistema é preciso mais que palavras bonitas e boas ideias na cabeça, é necessário uma boa dose de raiva.