terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Talento atemporal


Discos bons são atemporais. Por ideologias ou puramente estéticos, essas "pérolas" inovam em timbres, maneiras de gravar ,mixagem, utilização deste ou daquele instrumento. Mensagens e texturas que os tornam parte da história da música e de toda uma geração. Seja qual forem os preceitos, tal façanha é para poucos, traduzindo-se numa das maiores manifestações de talento e potencial de um artista.

O compositor e cantor britânico Finley Quaye é um desses artistas. Na década de 90 ele conseguiu realizar com seu álbum, Marevik a Strike, um disco que parece não se esgotar com o passar dos anos. Além de ganhar alguns prêmios que lhe renderam o respeito da crítica especializada, Quaye trouxe um universo sonoro que poderia figurar muito bem hoje como um dos melhores albúns deste verão.

Não por acaso, em 1997, ano de seu lançamento, ele foi tido como um disco que marcou aquela estação. Passado 14 anos, estou ouvindo este disco nesta noite quente e de chuva fina, e fica claro: suas músicas combinam perfeitamente com a cena musical atual e com a estação mais envolvente do nosso calendário.

De Ultra Simulaion, faixa que abre o disco numa pegada jamaicana inebriante, passando pela interesante Sunday Shining e pelo grande sucesso Even After All - canção mais cool deste trabalho, Your Love Gets Sweeter, de clima soul - que com certeza influenciou Jack Johnson e toda a galera que desbundou pelas praias daquele verão-, até a faixa título do álbum, Maverik a Strike, carregada de percussão e uma mixagem sensacional, Quaye fecha de maneira única este disco que jamais deve ser deixado de lado na estante.

Abaixo algumas amostras deste grande álbum: